A faxina é uma entidade, capaz de despertar em uma mulher toda uma gama de sensações e sentimentos. Também pode ser dito, que certos sentimentos podem despertar em uma mulher uma bela faxina.
Nada faz uma mulher limpar a casa com mais afinco e paciência do que a espera por um visitante pelo qual o coração da faxineira bate, ou o ódio pela não-ligação do dia seguinte, ou ainda uma decepção daquelas.
O tédio pode nos transformar em faxineiras cruéis, das que saem jogando tudo no lixo. O ócio pode nos tornar “organizativas”.
É um perigo deixar uma mulher entediada perto de etiquetas, caixas e sacos de lixo. Corre-se o risco de acabar numa casa onde até a escova de dente tem uma etiqueta, se sobrar escova após o “joga-fora-no-lixo”.
Mas, jogando fora nossas quinquilharias nos livramos também das memórias que incomodam. Etiquetando e encaixotando tudo, pomos ordem em nossos pensamentos. Tão melhor seria se tudo coubesse em caixas devidamente etiquetadas. A caixa dos relacionamentos que não darão certo (melhor nem abrir!), a caixa das amizades que valem a pena, a caixa dos amigos que se foram, a caixa dos amores que vêm pela frente, das melhoras que esperamos para esse ano....
Não pensem que gosto das faxinas, jamais! Mas, ás vezes, entrego-me ao ardor de limpar a casa e a alma com uma vassoura e muito desinfetante.
No fim das contas tudo fica mais claro, limpo e assim como minha casa minha alma ganha um perfume novo. Tudo devidamente alocado em seu lugar, e etiquetado!
2 comentários:
Talita querida!
Eu adorei o seu blog.
Está lindo mesmo.
Andei sumido, viajando a trabalho.
Será que ainda se lembra do seu amigo
recente porém, honesto?...rsrsrs
Um forte beijo, Renato.
Adorei!
e tragam as vassouras, caixas e etiquetas que até fiquei com vontade de fazer faxina
:***
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