terça-feira, 16 de março de 2010

Sobre sonhos

Sonhei que conversava no ônibus, um ônibus antigo daqueles que faziam a linha circular na cidade da minha infância, com uma mulher que tinha um bigode denso.
O assunto, mais mórbido impossível, era a iminência de algum conhecido muito querido perder um braço. O assunto girava em torno de quão ruim era essa situação, de como o tal conhecido lidaria com o fato de não ter um braço ou se seria possível colocar um braço mecânico.
Quando alguém comenta sobre a dor e me pego dizendo que é melhor perder um braço do que uma pessoa amada. Terminei concluíndo que perder a minha mãe foi como ter uma parte de mim arrancada á sangue frio. E senti a dor, tão grande que não pude respirar.
Acordei pensando nela e nos outros.
Não deu tempo de sofrer muito porque tinha 25 minutos para um banho,me vestir e comer qualquer coisa que me alimentasse por 2 horas.
Dormi outra vez no caminho, sonhei com lagartixas e um passarinho.
Tenho medo dos meus sonhos. Quase sempre me causam risos e quando me acostumo com os devaneios engraçadinhos sou acertada em cheio por um desse que Freud analisaria satisfeito.
Nunca tinha prestado atenção, até que comecei a ter sonhos recorrentes.
Aquele em que perdia todos os dentes foi um inferno numa certa época. Várias vezes enquanto perdia um ou outro dente me pegava dando uma de esperta e dizendo pra mim mesma que era um sonho, para em seguida ser sacaneada pelo cérebro problemático e acordar sem nenhum dente na boca dentro de outro sonho. Depois de tudo isso, enfim, acordava em pânico na minha cama com todos os meus dentes no lugar.
Tinha também o infernal, torturante, maligno, detestável, em que eu festejava o fato de minha mãe estar viva para em seguida ela morrer nos meus braços outra vez. Nos mais variados cenários, nas mais variadas situações. Simplesmente meu cérebro me fodendo as idéias esfregando nos meus cornos que eu tenho um trauma. Como se eu não soubesse!
Tinha um quando era criança, mas não consigo me lembrar muito bem. Era alguma coisa envolvendo o Edward mãos de tesoura. Me causava muito desconforto, talvez por isso meu cérebro que adora me sacanear, resolvia trazer de volta o tal do sonho.
A questão é que preciso de terapia. Caiu uma fichinha aqui, de que ninguém leva uma bigorna na cabeça sem danos. E os meus, andam me mostrando a cara.
O problema é que falta tempo, falta grana, falta coragem....

Um comentário:

Anônimo disse...

olà, na minha terra (italia) dizem que qnd alguem sonha que perde ou quebra os dentes è um presajo da morte de alguem