quarta-feira, 7 de maio de 2008

Das piores ás melhores, sem nenhum critério lógico.


Já faz um tempo que penso nisso, mas não andava tendo concentração o suficiente para escrever um post mais "cultural", são três e meia da manhã e eu não tenho nem um sinal de sono.
Lá vai.
Nós donas-de-casa (sim,nós!!) menos talentosas porém não menos graciosas(ou engraçadas) somos personagens fantásticos.
Quando era criança adorava um filme chamado "Ela é o diabo". Para quem não conhece ou não se lembra da dona Ruth, ela era uma gordinha bem da feiosa casada com um (pode-se dizer) gatão. Com filhos pentelhos que dificultavam tudo, e sem o menor talento para os serviços do lar a moça que faz tudo errado acaba surtando ao ser deixada pelo marido e traça seu plano de vingança contra a escritora barbesca Mary Fisher e o marido dos cabelos engomadinhos . Deliciosa comédia que faz qualquer mulher se sentir confiante para se vingar do marido sacana. Com a lição de moral sobre como nos tornamos felizes quando nos amamos e nos realizamos com isso.
Outra que também figura em minha memória é a Peggy Bundy do seriado americano Married with children. Péssima mãe, péssima dona de casa , péssimo cabelo e péssima voz. Mas eu adorava.
Claro que Lucy não poderia deixar de ser mencionada, I love Lucy! Quem não?! A pessoa mais desajeitada da história da TV. Costumava ficar toda empolgada assistindo aos poucos episódios exibidos na tv aberta quando eu era uma menininha. Obrigada Lucy por me mostrar o quanto pode ser interessante um programa em preto e branco.
Vez por outra nas músicas ou no teatro também somos retratadas e nossas dificuldades traduzidas em arte. Uma música da Carly Simon, de 1987 ( eu não me lembro porque eu tinha 3 anos, mas eu conheço!) chamada "Coming around again" fala sobre como ás vezes tudo dá no meio do saco que nós não temos e as coisas degringolam. Trecho mais legal:
"Pay the grocer
fix the toaster
kiss the host goodbye

then you break the window
burn the suffle
scream the lulluby"


Tenho pesadelos só de me colocar nessa situação, imagino a casa um pandemônio e a criançada remelenta gritando "mããããe, acabei!! Vem me limpar!!!". Medo!
O marido, nessa história tá lascado! Porque numa realidade dessas, sexo nem pensar!
Arrematando o post que está quase se perdendo, aproveito a proximidade do dia das mães para dizer que essas mulheres são incríveis.
Elas souberam o que fazer, como fazer. Como deixar a casa inteira enquanto nós, seus pequenos remelentos, gritávamos do banheiro cheios de pressa para que nossas bundinhas fossem limpas. Quando seus maridos queriam atenção e a casa precisava estar arrumada. Quando as contas eram maiores do que o salário ou quando elas estavam de tpm e ainda assim precisavam fazer o almoço. Demorei anos para entender isso, e agora que eu sou o que mais se aproxima de mãe por aqui , vejo com muita clareza o esforço que essas mulheres fazem.
Pollyana diz: Ser uma péssima dona-de-casa me tornou capaz de enxergar o mérito das mulheres que não são como eu.
Um dia eu chego lá!

Para ler ouvindo:

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